Encontros com a psicologia
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O vazio que se sente e não se entende...
É um estado que se sente e levanta questões de difícil resposta: O porquê de sentir esse vazio, se fosse noutra altura até havia justificação, mas agora? Como explicar o vazio que se sente, de forma a ser entendido? Como lidar com o vazio que se sente?...
Provavelmente esse vazio derivou de acontecimentos que afetaram emocionalmente, mas que foram desconsiderados. Naquele momento foram acionados mecanismos de defesa, que aparentemente até funcionaram, contudo, a seu tempo, a mente acusou essa forma enganosa de conviver com adversidades. E então surgiu o tal vazio, que se manifesta com tristeza, angústia, frustração, estados emocionalmente avassaladores, que remetem para imensas dúvidas e uma insegurança permanente.
A orientação passa pela necessidade de realizar uma análise, de forma a identificar os fatores que exaltam as emoções negativas. Ao exteriorizar-se as feridas emocionais desenvolve-se o processo de entendimento do vazio instalado e adquire-se competências para lidar/ultrapassar esse estado. Não se requer uma atitude conformista, mas sim, a tomada de consciência de uma realidade inegável e, caso seja necessário, a sua aceitação.
Em síntese, para que não se instale o vazio que se sente e não se entende, é relevante desenvolver um conhecimento próprio e adquirir ferramentas específicas para lidar com as emoções negativas, competências estas indispensáveis ao bem estar psicológico.
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O meu filho é hiperativo?
A criança em muitas situações pode apresentar comportamentos de distração, ter excesso de energia, agir e falar impulsivamente, contudo, é importante saber distinguir se esses comportamentos advêm de traços de personalidade, ou se, porventura podem ser sintomas do TDAH - Transtorno de Deficit de Atenção c/ Hiperatividade.
O encaminhamento para diagnóstico deve ter por base a tríade dos comportamentos que se seguem, evidenciados no mínimo há seis me...ses, em pelo menos dois ambientes (p.ex. casa e escola), presentes antes dos doze anos de idade, e numa intensidade maior do que é aceitável para uma criança no seu nível de desenvolvimento:
1. Deficit de atenção
2. Excesso de atividade motora
3. Impulsividade
Para que o diagnóstico seja realizado com a eficácia devida, nos intervenientes devem constar, médico, psicólogo, professores, figuras parentais, ou qualquer, outra pessoa mais próxima da criança.
O diagnóstico do TDAH- Transtorno de Deficit de Atenção c/ Hiperatividade, obrigatoriamente tem que ser sustentado por critérios presentes no Manual de Diagnóstico - DSM- V. O processo psicoterapêutico, regra geral, inclui a terapia cognitivo-comportamental, a terapia psicoeducacional, o treino de habilidades sociais e o apoio psicopedagógico. Um trabalho que ajudará a criança a alterar os seus comportamentos, a monitorizar e a controlar impulsos, a lidar com situações emocionalmente difíceis, e a obter resultados, que em geral, proporcionem uma melhor vivência para ela, e todos, os que com ela convivem.
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Do Stress, à Depressão...
Vive-se em constante agitação, as exigências são cada vez maiores, o tempo não é suficiente para tudo, e a mente, e o físico ressentem-se. Uma carga excessiva de estímulos que resulta em estados de ansiedade constantes, que com o decorrer do tempo também podem levar à depressão.
Daí a importância de identificar sintomas originários de uma vivência em stress, tais como:
• Sensação de cansaço e desgaste
• Dificuldades de memória
• Inabilidade de concentração • Dificuldade de tomar decisões • Confusão mental
• Hipersensibilidade emocional
Neste sentido, e numa primeira instância é premente equacionar limites e repensar o ritmo imposto no dia a dia, para depois então promover a mudança de perspetivas e hábitos. O que, em contexto de consulta psicológica processa-se com a tomada de consciência, respetiva reestruturação cognitiva, e operacionalização de novos comportamentos.
Mantenha-se fiel à autenticidade das suas capacidades e liberte-se do stress.
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A Emoção do Amor...
Logo à partida, todos sabemos que amar é ter um sentimento profundo por alguém, o que está relacionado com o desejo intenso de estar com essa pessoa e compartilhar laços afetivos e duradouros.
Não obstante, no ato de amar também existe controvérsia, se por um lado é um sentimento claramente positivo caracterizado por uma entrega nobre e bondosa ao ser querido, por outro lado, pode tornar-se negativo, quando é relacionado com um sentimento de posse, de preocupação e angústia, perante o medo de perder essa pessoa. Neste caso é evidenciada uma intensidade emocional desmedida, que resulta de um estado de insegurança, e que na maioria dos casos leva a ações irracionais comprometendo a relação com quem se ama.
É, pois, muito relevante que ao lidar com a emoção do amor se tenha a capacidade de entender, que este sentimento não passa pela fusão de duas pessoas, mas pela decisão livre e recíproca de se querer estar um com o outro, nunca deixando de respeitar as suas perspetivas, os seus desejos, o seu amor próprio!
"Sem saber amar, não adianta amar profundamente" - William Shakespeare
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Estudar com sucesso...
As matérias escolares são variadas e para o aluno ficar bem preparado requerem uma boa organização do estudo. Regra geral, a carga horária das disciplinas em contexto escolar associada a outras atividades extracurriculares, não permitem que o tempo seja desaproveitado. É, pois, fundamental que seja feita uma boa gestão das horas disponíveis e se construa um bom plano de estudo.
Neste sentido, apresentam-se alguns fatores que contribuem para uma maior eficácia na sua execução:
• Elaborar um calendário com as datas das avaliações e respetivas disciplinas
• Verificar as prioridades do calendário aplicando uma ordem de estudo às disciplinas
• Dividir o tempo disponível pelas disciplinas a estudar
• Organizar uma capa de estudo, com separadores por disciplina
• Elaborar uma lista das matérias a estudar, por disciplina
• Desenvolver esquemas, resumos, fichas das matérias, por disciplina
Não são de descurar outras estratégias igualmente importantes no desenvolvimento do estudo, nomeadamente:
• Um local adequado, que vá de encontro às necessidades de cada um
• Antes de dar início ao estudo reunir todos os materiais necessários
• Não ter por perto materiais eletrónicos desnecessários
• Criar objetivos que funcionem como incentivo ao estudo
• Fazer um intervalo de 20 a 30 minutos, em cada duas horas de estudo, para relaxar, ou alimentar-se.
De salvaguardar ainda, que as características de cada aluno podem implicar com necessidades de aprendizagem especificas, sendo, pois, de extrema importância, que os seus educadores estejam atentos aos sinais que estes possam evidenciar. Deste modo, poderão lhes proporcionar um acompanhamento especializado, de forma, a que as suas dificuldades sejam ultrapassadas, ou, pelo menos, minimizadas.
A opção de estudar com sucesso é um passo fundamental para que os níveis escolares vão sendo alcançados com êxito!
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Direitos e deveres do ser humano...
Todos sabemos que qualquer ser humano tem direitos e deveres, no entanto, na prática comum, o sentimento de dever parece ter sempre maior relevância. Numa perspetiva desenvolvimental:
Os mais novos, o dever de terem capacidades comportamentais, consideradas "normais", porque quando assim não acontece são "rotulados"...
Os mais adultos, o dever de apresentarem comportamentos "aceitáveis" pelos outros, vivendo na iminência de serem julgados...
Os mais idosos, o dever de terem sabedoria para lidar com o envelhecimento, sem se queixarem...
Esta análise remete para a importância dos deveres estarem sempre associados aos direitos de cada um, uma conjugação que contribui para proporcionar um sentimento de maior equilíbrio e harmonia perante tudo e todos!
Até porque, é necessário que se entenda, que um direito também não deixa de ser um dever...
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Dificuldades nas relações interpessoais...
Uma problemática cada vez mais evidente no contexto familiar, profissional e social. Entre outras, é comum ouvir-se queixas, de incompreensão, desilusão, injustiça, perceções que originam estados não colaborantes ao entendimento das pessoas. Até porque, o sentimento de revolta que daí advém funciona como um estímulo para a ativação de comportamentos potenciadores de conflitos, que originam um enorme desgaste emocional, o que não abona nada a favor do bem estar de cada um.
Assim, e salvaguardando caraterísticas de personalidade que podem influenciar os padrões das relações interpessoais parece-me pertinente, que se contrarie esta vivência com princípios que possam proporcionar um melhor relacionamento entre as pessoas, tais como:
- Lidar com as diferenças do outro numa perspetiva de aprendizagem, com uma atitude de compreensão, e não de confronto.
- Colocar-se no lugar do outro, antes de tomar uma posição contra tentar perceber o porquê da atitude do outro.
- Tomar a iniciativa de expor as questões para as quais precisa de resposta, não esperar que o outro adivinhe.
- Aperfeiçoar a comunicação verbal e não verbal, de forma a que a linguagem seja condizente com os gestos e expressões faciais.
- Comunicar ponderadamente, antes de falar pensar se o que se vai dizer ao outro é relevante/oportuno.
- Saber ouvir, nunca poderá saber o que o outro tem para dizer se não o escutar.
Se cada um assumir o compromisso de querer estar bem com os outros e consigo próprio, naturalmente fará muito mais sentido pensar, sentir e interagir em conformidade!
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Mudar, com o pensamento no resultado final...
O dia a dia leva à grande maioria dos comportamentos, as rotinas repetitivas dominam reações, e só variam conforme o contexto em que se está inserido. Ao longo do tempo esses comportamentos são reforçados, pois a constante repetição dos mesmos faz com que a mente assim esteja programada. E é assim que se vai ficando menos consciente das atitudes, praticamente não são necessários estímulos para se dar início a uma série de respostas comportamentais, percecionadas como sendo as devidas, pois há muito que são sempre as mesmas.
Por vezes até se pensa em fazer algumas mudanças, mas desiste-se, porque considera-se muito difícil... Logo à partida, a pessoa sabe que para mudar tem que sair da sua zona de conforto e alterar os seus cursos de ação. Tudo isto exige a mobilização de muita energia, até porque, tem que se estar em constante estado de alerta. Deste modo, o pensamento acaba por ser, "é melhor continuar tudo como está". Mas também são muitas as alturas que se conclui que afinal esta não é a melhor opção, os sentimentos negativos dominam e são causadores de um mal estar geral que influencia toda a vida da pessoa. Daí a extrema importância de encarar a mudança com o pensamento no resultado final.
A orientação passa por refletir sobre os aspetos que quer alterar na sua vida e estão sob o seu controle. Para implementar as mudanças deverá propor à sua mente perceções diferentes do habitual, que vão induzir novos comportamentos, que por sua vez, vão fazê-lo alcançar os resultados pretendidos. É deste modo, que a determinada altura lhe vai ser fácil constatar, que afinal, a mudança que inicialmente era considerada tão difícil foi muito compensadora e trouxe outro sentido à sua vida.
Mude por si e para si!
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Sou psicóloga, com paixão...
Pode não ser fácil falar com alguém que não conhece, sobre preocupações, problemas, daquilo que acha que deve ser só seu...mas daí surgem estados emocionais que retiram as capacidades necessárias para os mesmos serem ultrapassados. É nesses momentos que o facto de ser ouvido e orientado se transforma numa possibilidade e o reconhecimento disso leva à procura do psicólogo.
Reconheço igualmente, o grande passo que é dado e por isso recebo as pessoas que me procuram com humildade, mas também com o profissionalismo que me compete. Ouço, analiso, avalio, em conjunto exploramos as situações, procuramos soluções, pois só assim faz sentido, e as soluções vão existindo, muitas vezes são é desvalorizadas...
Sou psicóloga com paixão... acredito e farei sempre com que os outros acreditem, que a vida é bela demais para não ser bem vivida!
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Férias, num tempo limite...
Tal como para mim, para muitas pessoas será hoje o último dia de trabalho antes do tão almejado período de férias habitual. Podem ter sido feitos planos, ou não, mas nesta altura isso não será o mais relevante. A ausência do local profissional e consequentemente a alteração de rotinas trarão um particular descanso à mente, esse sim, muito necessário.
Contudo, todos sabemos que as férias têm um tempo limite, o que pode induzir a querer aproveitá-las... num ritmo de grande agitação causado por um sentimento de insatisfação...
E para que assim não aconteça, a orientação passa por viver cada dia com a maior tranquilidade possível, sem ter pressa de chegar ao outro dia, e cada momento ser imbuído de valorização, de forma, a que todos os momentos possam tornar-se aprazíveis. Ao funcionar neste registo, com certeza que será mais certo chegar ao final do seu período de férias com um sentimento de renovação, que o fará encarar com maior motivação o regresso ao trabalho!
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Entender um tipo de comportamento de choque...
A tragédia aconteceu, o acidente não é vulgar e neste caso poderá dizer-se que as vítimas estavam no sítio certo, mas à hora errada, a praia nesta altura do ano é frequentada por imensas pessoas e nada fazia prever o sucedido...O choque foi coletivo, ninguém aceitou a opção escolhida e causadora da tragédia, as acusações de negligência são imensas. Um destes pareceres foi emitido pelo pai da Sofia, uma das vítimas, cuja vida foi... devastada aos oito anos, uma reação que não correspondeu ao que se considera "normal" perante a perda de um filho, e por isso extremamente criticada.
É preciso entender este tipo de comportamento de choque, que sim, pode acontecer...a fase inicial é de descrença, o discurso é de protesto, um momento de emoções fortes acompanhado de muita agitação mental e verbal. Neste momento, não se vivencia a perda da pessoa amada, mas sim, a causa dessa perda. Só mais tarde é que se desenvolve a consciência da perda, com crises de dor profunda e então dá-se a vivência do luto.
É importante que não se generalize reações, a diferença, ou a dita não "normalidade" incomoda, mas o facto é que cada pessoa tem o seu carater e há que ter em conta muitos outros fatores que interferem na forma de encarar este tipo de acontecimento. O pai da Sofia vai ter o seu tempo para vivenciar a dor inigualável de perder um filho!
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Dia dos Avós...
Avós e netos, uma relação inigualável, sustentada por um sentimento de amor tão forte, que chega a ser apaziguador, e que leva à existência de uma compreensão quase ilimitada, porque existe apenas um desejo, estarem felizes!
São caraterísticas que por norma marcam a relação de duas gerações distintas, que se ligam pelo afeto que trocam, e pelas brincadeiras, que não se compadecem da idade que as separa...
E se por um lado os pais pensam que os avós estragam os netos, por outro lado, os pais não duvidam, que o amor está presente em tudo o que esses avós fazem aos netos, o que por si só, é o melhor que os seus filhos podem receber!
Um bem haja a todos os avós e a todos os netos que constroem uma relação feliz, com histórias que perduram no tempo!
Um grande beijinho à minha neta Matilde, sem ela a minha vida não seria a mesma!
26/07/2017
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O poder de uma boa comunicação entre pais e filhos...
Uma das grandes questões entre pais e filhos é a comunicação. Desde tenra idade, simples perguntas podem fazer a diferença: quais as atividades que fizeste hoje, o que mais gostaste de fazer, o que correu menos bem?... Os filhos necessitam sentir que os pais se preocupam com eles, e gostam de ser ouvidos. Mas é igualmente essencial que os pais partilhem experiências com os filhos, além de poderem ser uma boa fonte de aprendizagem, eles também gostam de os ouvir. E ao serem colocadas questões que os deixam curiosos, a resposta deve ser o mais concreta possível, evitando respostas evasivas, ou que revelem falta de interesse.
Neste seguimento e porque está comprovado que uma boa comunicação interfere na qualidade das relações, relevam-se algumas orientações:
Comunique com o seu filho demonstrando interesse
Encoraje-o a dizer como se sente
Escute com muita atenção as suas questões
Responda às mesmas de forma concreta
Procure momentos calmos para resolverem problemas
Proponha-lhe as opções de escolha possíveis
Ensine-lhe o que está certo e o que está errado
Comunique-lhe o que espera dele
Solicite que ele lhe comunique o que espera de si
Façam reuniões para poderem expressar as vossas opiniões
Desta forma criam-se hábitos que vão ser muito úteis para o desenvolvimento de uma comunicação mais eficaz, o que se virá a refletir em todos os contextos da vida adulta.
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Tempo de férias, tempo de brincar livremente...
São crianças e necessitam brincar, durante o ano letivo não têm grande alternativa, a escola e as atividades extra curriculares não lhes deixam tempo suficiente e ansiosamente vão esperando pelas férias para o fazer. Agora que esse período chegou é necessário que os pais entendam quais as brincadeiras que lhes fazem falta, essencialmente, todas aquelas que possam ser feitas livremente, como simplesmente, brincar ao ar livre!
A natureza é um contexto entusiasmante e muito necessária para o desenvolvimento da criança, proporciona uma aprendizagem constante, através da exploração, da descoberta, da invenção, e da resolução de problemas. Além disso, as crianças crescem mais saudáveis, mais resistentes, mais fortes, desenvolvem uma maior criatividade e melhor capacidade de gerir a ansiedade. E depois fazem mais amigos, amigos que ficam para a vida, e juntos constroem histórias que ficarão na memória para sempre, e que ao longo da vida nunca se cansarão de contar!
Se quer que o seu filho cresça mais feliz, com as devidas precauções deixe-o brincar livremente, deixe-o brincar ao ar livre, e se possível junte-se a ele!
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O que escrever sobre as Crianças...
Um tema muito intenso e também muito exaustivo, os assuntos a abordar são de tal ordem numerosos, que não seria possível fazê-lo numa pequena publicação, só mesmo num grande livro! Contudo, hoje, Dia da Criança, gostava de registar aqui, algo que me invade a todo o momento, um direito que assiste a qualquer criança - SER FELIZ!
No meu dia a dia sou confrontada com muitas questões comportamentais de crianças, em maior escala, dificuldades a nível emocional, e é meu dever "desvendar o mistério" da sua causa. O caminho a desbravar pode não ser fácil, até porque, umas crianças são mais resistentes do que outras, pouco, ou quase nada falam, embora mais cedo, ou mais tarde estando atenta a todo o tipo de comunicação destes meninos e meninas a veracidade dos factos é evidenciada. O mais difícil é verificar, o quanto a problemática teve tempo para perturbar e não deixou que a criança vivesse no seu pleno direito de bem-estar, livre de sentimentos aflitivos!
Num ato de prudência relevo a extrema importância de todos os educadores estarem em alerta para os sinais que são emitidos pelas suas crianças. A autenticidade das crianças leva-as a quando algo não está bem, não conseguirem esconder, de uma forma, ou de outra, elas acabam por manifestar. A ter em conta a condição física/cognitiva da criança, destaco alguns desses possíveis sinais:
- Queixas somáticas - dores de cabeça, abdominais, sem causa física;
- Tristeza - choro fácil, apatia;
- Descontrolo - impulsividade, agressividade;
- Isolamento - não querer falar, não querer interagir;
- Dificuldades escolares - não querer ir para a escola; falta de rendimento escolar;
- Perturbações alimentares - falta de apetite, ou vontade excessiva de comer;
- Alterações do sono - insónia, ou terrores noturnos;
- Enurese - falta de controlo da urina;
- Encoprese - falta de controlo das fezes.
Uma forma construtiva de atuar, para evitar um maior sofrimento nas crianças, e assim contribuir para que sejam de seu direito, bem mais felizes!
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" A vida que eu quero viver..."
A insegurança projetada pelos últimos acontecimentos, desta vez em Manchester influenciam cada vez mais o sentimento de bem-estar do ser humano, o que é manifestado por um misto de emoções. Se por um lado, se quer continuar a fazer projetos e a viver momentos recompensadores, por outro lado o receio de se colocar a jeito, e poder ser mais um alvo a abater é assustador!
Perante este cenário, e porque a insegurança é uma das grandes causas para o mal-estar, é importante ter uma postura que contribua para um percurso de vida, dito normal, sem lugar à condicionante imposta pela manifestação "Não faço, ou não vou, porque tenho medo do que possa acontecer"!
Viver com medos implica ser prisioneiro de uma força emocionalmente avassaladora, que não permite uma vivência plena, uma vivência com satisfação!
A minha orientação vai no sentido do foco de atenção ter que ser direcionado para o que realmente se quer, para o que é compensador, ou mesmo prazeroso, pois ao encarar a vida como um risco, o resultado será "não viver"!
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Liberdade, um sentimento para com a vida...
Muitos desconhecem o sentimento verdadeiro desta expressão, uns porque perspetivam uma liberdade que não é possível existir, e por isso nunca a alcançam, outros porque consideram que são livres e não agem em conformidade...
A realidade é que os que se propõem a gozar da liberdade no seu significado comum deparam-se com obstáculos diários: as designadas regras sociais e culturais. Mas se assim não fosse, sabemos que essa tão apetecida liberdade facilmente se transformaria num "castigo" difícil de suportar!
Perante os factos, se a perspetiva recair em ser livre de tudo e de todos parece estar-se perante uma verdadeira utopia... Por isso, a importância de entender a liberdade como um sentimento aprazível, que garanta bem estar a cada um!
Nesse sentido, a liberdade pode simplesmente estar, na valorização da própria vida, manifestada num amor próprio, que esse sim é livre, porque é único, e é seu!
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Mesmo aquelas pessoas, que na sua vida tudo parece decorrer de forma favorável dizem sentir necessidade de "renascer". A ideia passa frequentemente pelas pausas, períodos que permitem um descanso maior, e que naturalmente são encarados como de grande utilidade para revigorar a mente e o físico. No entanto, muito rapidamente é constatado que nada de muito significativo alterou, a sensação em pouco tempo volta a ser a mesma, e o pensamento é direcionado para a próxima oportunidade de realizar uma outra pausa.
Na verdade, o ato de "renascer" exige muito mais do que umas férias, do que passear, do que descansar... é necessário repensar hábitos e alterá-los, o que ao contrário do desejado obriga a sair da "zona de conforto" de cada um.
Na maioria dos casos, esta designada "zona de conforto", não é mais do que um conjunto de perspetivas e comportamentos, que foram sendo desenvolvidos na própria pessoa, mas também na relação com os outros, e que implicam, desfavoravelmente, no bem estar físico e mental.
Deste modo é indispensável, selecionar hábitos a alterar, e criar novas práticas, uma ação que obriga ao empenho absoluto do ser humano, mas cujo resultado vai ser constatado num "renascer", que esse sim, abrange uma condição de vida revigorada!
Violência, aonde/quando vai parar...
Os meios de comunicação social confrontam-nos quase todos os dias com atos de violência bárbaros. Fica-se perplexo e no pensamento ocorre a questão, aonde/quando é que isto vai parar?
Perante a realidade dos factos, a apreensão leva a procurar um entendimento da sociedade atual, até porque parece existir um maior facilitismo em tomar a decisão de violentar, maltratar e até matar. Os acontecimentos vão se sobrepondo e na teoria procuram-se encontrar justificações para atos tão cruéis, que são capazes de exterminar grávidas, crianças, adolescentes, adultos, idosos e outros, com a certeza que moralmente não pode haver perdão.
É urgente estar atento às condutas do ser humano, a família, os vizinhos, os amigos, os colegas recebem sinais, mas não valorizam na dimensão certa e vão acreditando que é uma fase e que tudo se vai resolver... quando surgem comportamentos devastadores concluem que afinal a pessoa em questão não estava bem e até já tinha dado indícios da sua irracionalidade.
Tanto quanto a saúde física, a saúde mental é um bem precioso, cada vez é mais importante que a cultura humana seja imbuída dessa consciência. A mente pode e deve ser tratada/reeducada, de forma a que vida faça sentido para todos!
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"Quando quero consigo..."
Uma afirmação que indica empenho, segurança, positividade! Mas quando vem de alguém, que mesmo dizendo que quer, não se empenha, não se sente seguro, nem é positivo, como deve ser perspetivada?
Este tipo de atitude encontra-se no contexto familiar, profissional, escolar, social e reflete a existência de sentimentos que influenciam negativamente o racional, resultando numa enorme frustração que por sua vez origina conflitos emocionais bem difíceis de... superar.
É pois, de enorme importância analisar a causa desta inércia in/voluntária, para que se desenvolva uma tomada de consciência, do que realmente se quer alcançar, é necessário definir estratégias e colocá-las em prática. Só assim é que o "querer" ganha vigor e o "conseguir" torna-se real!
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De pais para filhos...
Uma comunicação positiva de pais para filhos contribui para um melhor entendimento dos factos. Uma comunicação que pressupõe não só a forma como se fala, mas também como se ouve. Nesse sentido registo aqui algumas orientações:
- Fale com calma, num tom de voz que transmita afeto e incuta respeito....
- Escute com atenção, repita o que ouviu para que confirmem que ouviu corretamente.
- Transmita o que está errado orientando no sentido de como é o correto.
- Não tente adivinhar o que pensam, nem o que sentem, mas incentive a que digam como se sentem, e o que pensam.
- Delegue responsabilidades ensinando qual o procedimento a ter na situação em causa.
- Ajude a tomar decisões debatendo as possíveis opções.
- Escolha o momento mais oportuno para resolver problemas, o cansaço não é colaborante.
- As expetativas não podem ser só suas, encoraje a formulação de objetivos a alcançar.
Estes hábitos são indicadores de uma comunicação mais eficaz, um resultado que se vai manifestar noutros contextos, para além da família. Deste modo, é importante perspetivar, que a arte de bem comunicar tem a sua fonte de aprendizagem entre pais e filhos.
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"Sentir-se apaixonada"
No diálogo com uma adolescente, cujo tema de conversa foi o que é sentir-se apaixonada, esta manifestou-se da seguinte forma "na verdade, acho que ainda não estive apaixonada, já gostei de alguém, mas não acredito que tenha sido paixão, espero mais, tem que ser muito especial!"
Então o que é Paixão? Parece-me correto afirmar que se trata de um sentimento muito forte por uma pessoa, uma emoção ativa, que faz emergir uma grande excitação. São muitas as relações que assim iniciam na busca da felicidade a dois.
E será que este estado também é Amor? Já dizia Platão que Paixão não tinha o mesmo significado de Amor, "Paixão é o desejo voltado exclusivamente para o mundo das idealizações, abandonando-se assim a busca da realidade essencial. E no Amor, o amante busca no amado a noção, esta sim, uma verdade fundamental".
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In/sucesso Escolar...
O segundo período escolar iniciou há quase um mês, os testes já estão marcados, alguns até já foram realizados e a pressão aumenta. São muitos os alunos que manifestam comportamentos instáveis/confusos, dizem não saber estudar, que não conseguem acompanhar a matéria e o desinteresse pelas aulas vai-se instalando, até porque acham que não conseguem comunicar com os educadores, a perceção é que não são compreendidos... Perante os testes toda esta desorientação agrava, os "bloqueios" surgem, os resultados são negativos, e depois vem a frustração, "não sabem o que se passa, tudo corre mal". Os centros de estudo tentam colmatar o desalento, descortinando as dificuldades e promovendo estratégias de estudo, mas a desmotivação não colabora, e o nível de rendimento é inferior ao esperado.
Para inverter este estado é necessário que os alunos acreditem nas suas capacidades de aprendizagem, revelando as suas dúvidas aos seus educadores, sem se sentirem avaliados negativamente, mas sim, esclarecidos e compreendidos. É necessário que os educadores incentivem a autoconfiança, a auto estima, fatores determinantes para o desenvolvimento integral de qualquer pessoa, sendo que as experiências negativas não podem ser utilizadas como referência.
É o que se designa "Educar para o Otimismo", fator que funciona como protetor face às adversidades e correlaciona-se com a motivação e muitas outras variáveis positivas, tanto no contexto escolar, como em todos os contextos da vida.
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Controlar Medos...
Medo de errar, medo de não ser capaz, medo de não conseguir, muito medo e mais medo, do escuro, da solidão, da doença, do envelhecimento, da morte! É assim que muitas crianças, jovens e adultos vivem, a insegurança comanda os seus comportamentos, não se compadecendo do prejuízo funcional que pode originar no seu dia a dia.
Perceba o porquê do seu medo, identifique a resposta emocional, quer física, quer mental, é nesse momento que o auto controle pode fazer com que os sintomas associados sejam regulados, respire lentamente e profundamente, o seu cérebro agradece. Questione os seus pensamentos negativos, force a interrupção dos mesmos e entenda o quanto obsessivos são, substitua-os por pensamentos construtivos. Foque-se no aqui e agora, direcione a sua atenção para os objetivos que quer atingir, o sucesso vai ser seu e vai ser você a saboreá-lo. Exponha-se gradualmente aos seus medos, não os alimente, mas enfrente-os, construa os seus planos de desmistificação e ação.
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Ansiedade generalizada...
É com muita frequência que se ouve queixas de estados ansiosos, falta de controle, desorientação mental, muito cansaço... A realidade é que o diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada é muito comum nos nossos consultórios e os indicadores dos estudos não são contraditórios. Sabendo que a ansiedade é uma reação normal do ser humano perante situações que podem provocar medo, dúvida ou expetativa, quando esse sintoma persiste no tempo e passa... a interferir negativamente nas rotinas diárias, a ansiedade deixa de ser aceitável e passa a ser motivo de preocupação.
Assim é necessário ter noção, que o principal sintoma do Transtorno de Ansiedade Generalizada é a presença permanente de preocupação/ansiedade excessiva, não havendo causas que justifiquem. As preocupações surgem de forma sequencial, o foco de atenção é a possibilidade da existência de problemas, quer por questões familiares, amorosas, de saúde, de contexto profissional, ou por qualquer outra questão.
Em síntese, para não deixar que o Transtorno de Ansiedade Generalizada se instale é importante contrariar estados de preocupação que não são racionalmente justificáveis, e mesmo existindo alguma causa real, evitar que tome proporções que levem ao empolamento dos sintomas, que por sua vez originam descontrole mental e comportamentos desajustados.
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Felicidade...
O sentimento de felicidade pode ser comum a todos, mas as perspetivas são variadas, regra geral, é entendido como um estado de ventura, mas também de sorte, muito mais quando é contemplada em terceiros.
A emoção estando ao rubro, frequentemente pode ouvir-se "...este foi o dia mais feliz da minha vida...", esta afirmação transmite que a felicidade foi quantificada no expoente máximo num determinado momento, e que por conseguinte pode não perdurar no tempo!
De uma forma não menos emotiva também se ouve " ...não sabemos o que pode acontecer amanhã...", uma incógnita que indica insegurança e que domina o comportamento, originando a que até o estado de felicidade possa ser perspetivado com desconfiança.
E deste modo, a busca pela felicidade é ignorada e inconscientemente espera-se que a ventura, ou a sorte, seja sentida num determinado dia, momento, situação, mesmo que não perdure no tempo...
Em síntese, torna-se importante que sem receios se saiba identificar os caminhos que proporcionam felicidade e acreditar que esse sentimento tem muito mais significado quando resulta de uma atitude e não do acaso. ___________________________________________________________________________
Depressão sazonal...
Na mudança de estação do Verão, para o Outono/Inverno, pode ocorrer o Transtorno Afetivo Sazonal (TAS), um transtorno que acredita-se advir de um desequilíbrio biológico. A diminuição, dos dias quentes e com mais luz influencia negativamente o estado anímico da pessoa, o que se justifica pela redução da produção de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor, o apetite, e o sono, e pelo aumento da produção da melatonina, que provoca a sensação de cansaço e a diminuição de energia.
Um estado depressivo que se manifesta pelo sentimento de abatimento, pela distorção que a pessoa tem de si mesma, dos outros e do mundo. A auto estima é afetada e dá lugar a um sentimento de insegurança. Os aspetos negativos passam a ter maior relevância que os positivos. As atividades que anteriormente eram consideradas prazerosas perdem o significado. A energia e a motivação sofrem alterações, a pessoa tem dificuldade de se concentrar e as rotinas passam a ser extremamente difíceis de executar. Ocorrem mudanças nos hábitos alimentares, como perda, ou aumento de apetite e alterações no sono. Sendo também sentidas dores físicas, que não possuem causas médicas que as justifiquem.
Em síntese, a depressão, mesmo sazonal é um estado que requer cuidados específicos, neste sentido é importante reconhecer os sintomas e aprender a combate-los, de forma a que a luz não deixe de brilhar em si
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Escola uma paixão...
Seria positivo que todos os estudantes assim pensassem, os que vão pela primeira vez, e os que regressam, certo é, que as perspetivas são distintas, e se para uns, o início do ano letivo é uma alegria, para outros, poderá ser motivo de tristeza...
Independentemente do nível escolar a frequentar, os pais vivem um momento de maior preocupação, até porque enquanto adultos têm noção que o futuro dos filhos, vai depender muito, da forma como a aprendizagem se vai desenvolver, existindo sempre o receio de não ser bem sucedida...Assim sendo, entre pais e filhos será provável que estes estados resultem num período de agitação emocional e por conseguinte numa vivência mais ansiosa.
O alerta vai no sentido de que, uma comunicação constante é fundamental, mas sem alaridos e ameaças, e o mais ajustada possível à faixa etária do estudante. As regras devem ser estipuladas logo de início, até para que as rotinas não se sobreponham e a desorganização não se instale. Os resultados escolares devem ser apreciados de forma evolutiva, não apenas quando se recebe um teste. E se, regra geral os comportamentos menos bons não passam impunes, os comportamentos bons não podem ser ignorados, mas sim elogiados!
Em síntese, é importante que os pais entendam que o seu estudante necessita que lhe seja proporcionada uma boa orientação, para que a escola possa ser uma paixão!
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Dia dos Avós...
Avós e netos, uma ternura imensa, o dar e receber, uma relação de muito amor e cumplicidade!
Por norma, os avós desenvolvem um relacionamento criativo com os netos, transmitem experiências e valores duma forma afetuosa, compreensiva, estão mais disponíveis, ocupando assim um lugar muito especial nos seus corações.
Os avós têm a possibilidade de fortalecer os vínculos afetivos da família, o que também beneficia a criança na formação da sua personalidade, orientam, ensinam, se por vezes são um refúgio, também podem ser uma referência.
Em síntese, o amor dos avós é essencial, têm o dom de transmitir aos netos que da sua experiência de vida o importante é saber amar!
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Falar de amor...
Falar de amor é subjetivo, até porque é um sentimento transversal e cada um tem direito a ter a sua própria perspetiva. Há quem diga que amar é sentir-se apaixonado, mas também se constata que no decorrer da vida, cada pessoa acaba por ter diferentes explicações para o que é estar apaixonado e quais são as sensações que daí advém. A realidade é que o ser humano necessita de viver com amor, um sentimento essencial para o seu bem estar, mas que por vezes origina conflitos internos difíceis de ultrapassar. Neste sentido é uma mais valia desenvolver um processo de autoconhecimento para identificar as suas necessidades, sob uma perspetiva adequada, para que o seu comportamento vá na direção de as satisfazer. São relevantes as competências que se seguem:
Sentir que vive com amor, sem ter que procurar comportamentos para provar isso, noutra pessoa;
Sentir capacidade de avaliar situações baseando-se em dados reais e manifestar atitudes saudáveis para satisfazer as suas necessidades;
Aceitar comportamentos de imperfeição em si próprio e nos outros e não se sentir derrotado com isso;
Assumir atitudes de responsabilidade na sua vida, salvaguardando a ideia que não pode controlar tudo que acontece;
Viver essencialmente o presente, com planos para o futuro, tendo em conta as experiências do passado;
Possuir a habilidade de lidar com o sentimento de frustração e a flexibilidade para mudança;
Experimentar ir para além da sua zona de conforto, o que pode ser positivo e essencial para o seu bem-estar geral.
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Enfrentar perdas...
Não é fácil enfrentar perdas, sejam elas de que tipo for, os sintomas de sofrimento são inevitáveis, tais como, angústia, revolta, culpa, isolamento, desinteresse, uma sensação de um mal irreparável, algo que tinham direito e lhes foi retirado!
Cada situação é única e só a própria pessoa pode encontrar respostas e "ultrapassar" esse acontecimento. Neste processo é necessário enfrentar o sentimento de perda, falar do seu sofrimento, não se isolar, aceitar apoio, reajustar-se à vida e ao trabalho, idealizar, cuidar-se!
É nestes momentos que muitas vezes o ser humano descobre em si forças desconhecidas, repensa o seu modo de vida e os seus valores, passando a ter maior compreensão dos factos, o que lhe traz uma riqueza acrescida.
Em síntese, enfrentar perdas é complexo, é necessário permitir a tristeza, com a consciência que deve haver limites e que o resultado por certo será de crescimento e maior estabilidade emocional.
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Amor próprio, não pode ser esquecido...
O amor próprio leva a pessoa a agir positivamente, a evitar pensar em tristezas, mágoas e a tirar proveito de experiências vividas para poder evoluir.
Quem tem amor próprio possui maior controle emocional, procura compreender os outros, estar de bem com a vida, dispõe-se a perdoar, a ter coragem, confiança e segurança para recomeçar.
Respeitar-se e acreditar no seu próprio valor é fundamental para manter uma atitude optimista diante das situações e para tomar decisões positivas para si.
Em síntese, o amor próprio é um sentimento essencial, por isso não pode ser esquecido, ame-se, cuide-se e se tiver que mudar faça-o por si!
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Reforce a sua força de vontade...
Ter força de vontade implica ser capaz de fazer o que deve ser feito de forma intencional, ultrapassando as dificuldades e os estados de ânimo. A força de vontade tem uma relação muito intensa com a motivação, que por sua vez deve levar à acção de uma forma disciplinada.
É necessário adoptar uma perspectiva animadora, não importa as vezes que "cai", mas sim as vezes que está disposto a "levantar-se". Por vezes, os fracassos são fonte do despertar para novas potencialidades que estão camufladas, capacidades de ter comportamentos para ser melhor sucedido. A auto disciplina é uma aliada deste processo, trava impulsos e proporciona empenho na acção necessária.
Em síntese, a força de vontade desperta a motivação para a acção, por sua vez, a acção é melhor dirigida quanto maior for a disciplina colocada na persecução do objectivo a alcançar.
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Sindrome de Asperger, uma visão optimista...
Uma variante do autismo, uma perturbação invasiva de desenvolvimento, sendo que, as principais características assentam em dificuldades sociais por falta de efectividade nas interacções, dificuldade em assimilar regras e códigos de conduta, uma interpretação errada das situações sociais que conduz a atitudes consideradas estranhas.
Torna-se necessário o desenvolvimento de um processo psicoterapêutico individual, que envolva apoio psicológico/ educacional e que incida nas principais dificuldades da criança, que habitualmente inclui as seguintes áreas:
- Competências sociais; Comunicação verbal e não verbal; interesses e rotinas;motricidade;competências cognitivas e sensibilidade sensorial.
Contudo, também é de relevar que as crianças portadoras desta perturbação, regra geral têm uma característica fascinante, o interesse por uma área intelectual específica, o que pode prevalecer até à idade adulta e ser a base para uma carreira profissional de sucesso.
Em síntese, um acompanhamento psicoterapêutico adequado possibilita que a vida das crianças portadoras de Sindrome de Asperger se desenvolva com maior estabilidade, assegurando uma vida adulta feliz e realizada.03-05-2016
É um processo de desenvolvimento humano, que pode ser realizado nas várias vertentes da vida, pessoal, profissional e social.
O coaching proporciona uma aprendizagem que faculta a aquisição de competências para melhor alcançar objectivos. Inicia com a exposição desses objetivos e as expectativas de chegar à meta desejada, o que é perspectivado como difícil, ou mesmo inatingível. Uma atitude negativa de antever resultados influenciada por cognições não favoráveis. É nesta relação ambígua, de querer alcançar e parecer impossível, que o coaching se torna fundamental, facultando as ferramentas para a resolução de problemas e o empenho para a tomada de decisão.
De referir que o coaching difere da psicoterapia, não se trata de um processo terapêutico e está direccionado para objetivos definidos e respetivos resultados, enquanto a psicoterapia é um processo direccionado para o tratamento de problemas psicológicos, comportamentais, ou emocionais.
Em síntese, o coaching ajuda a descobrir o potencial humano, desenvolvendo uma força interna para uma visão construtiva no alcance de objectivos, promovendo assim o auto-conhecimento e a auto-realização.
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Assustado com a rebeldia da adolescência, você pensa: onde foi que eu errei?
Você quis ser um bom pai ou uma boa mãe e concedeu o máximo de liberdade ao seu filho, com a ideia que ele vivesse uma infância feliz. Tudo correu bem até ele entrar na adolescência, quando os seus comportamentos passaram a ser rebeldes e a demonstrar falta de consciência das suas atitudes. Os limites que não foram colocados na infância, tornam-se complicados de colocar na adolescência, os pais ao quererem impor regras, o adolescente não entende e tende a confrontar ainda mais os pais.
O que pode fazer para reverter esta situação?
É relevante o pai e a mãe trabalharem juntos neste processo. O que houver a implementar, ou debater sobre o comportamento do filho deverá ser feito fora da sua presença e quando o confrontarem será com uma decisão que é dos dois. Caso contrário, o adolescente fica sem referência e acaba pedindo sempre a quem habitualmente diz sim, o que inclusive, pode causar conflitos entre o casal. Embora seja muito cansativo, os pais precisam aprender a tolerar a revolta dos filhos, porque faz parte desta fase de amadurecimento. A adolescência é uma mudança que a criança faz em direção a si mesma, há um desligamento das referências dos pais, na procura de um conhecimento mais próprio e individual de si, isso gera conflito e angústia. Sempre que precisar chamar o seu filho à atenção de um comportamento errado, use um discurso com afeto, seja coerente e evite reações explosivas. É um processo gradual e insistente, mas não adianta lidar com agressividade, é preciso sim ter autoridade, e não ser violento. Se der um castigo muito severo, e depois se sentir culpado e voltar atrás com a decisão, demonstra que os limites são flexíveis, ou que até nem existem.
É importante que o adolescente entenda o que são limites e porque é tão importante estabelecê-los na fase de transição entre a infância e a vida adulta. Limites são parâmetros, referências e medidas de proteção em relação a alguém que ainda está a crescer e tem fragilidades. Sem uma presença firme, como a dos pais, o adolescente fica desamparado à mercê da sua própria impulsividade. Noutras palavras, implementar limites não é colocar o adolescente dentro de uma cerca, ou controlar tudo o que ele faz, mas sim proteger, amar e orientar, é isso que é necessário transmitir ao seu filho.
Em síntese, não pode esquecer que os pais são modelos para os filhos e para serem respeitados têm que ser valorizados!
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Stress crónico, pare, reflita e altere...
Vida agitada, trabalha sobre pressão e sem horários, sente que não tem tempo livre para si, para a família e para os amigos e sem dar por conta o stress crónico instala-se, uma condição constante e intensa que coloca o seu organismo em alerta contínuo, não permitindo tranquilidade. Um estado que pode originar várias desordens a nível físico e mental, tais como, sistema imunitário debilitado, desordens digestivas, depressão, ansiedade, problemas de memória, taquicardias, entre outros.
O que pode fazer para evitar este estado e respetivas consequências? Em primeiro lugar, pare para identificar as causas stressoras, depois reflita sobre a valorização que nelas deposita e o que pode fazer para alterar o seu ritmo de vida.
Neste contexto, é importante relevar algumas atitudes essenciais: organize a sua agenda de forma a não ficar sobrecarregada; procure concentrar-se em cada coisa que faz e não pensar em simultâneo nas outras coisas que tem para fazer; imponha horários a si mesmo para melhor rentabilizar o tempo; seja ativo, caminhe, divirta-se; pratique momentos de relaxamento; desenvolva a sua criatividade em tarefas que aprecia.
Em síntese, seja o gestor da sua própria vida, de forma a garantir a sua estabilidade, quer a nível físico, quer a nível mental!
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A importância de uma boa comunicação entre pais e filhos
Uma boa comunicação entre pais e filhos, uma conversa esclarecedora, a explicação de causas e problemas, leva os filhos a procurarem soluções e a tomarem decisões, é desta forma que crescem e obtêm responsabilidade. Por outro lado também permite que os pais conheçam melhor os seus filhos e desenvolvam as condições necessárias para os ajudar.
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Educadores de todo o mundo, eu sou criança ensinem-me a "crescer"!
A educação das crianças é um tema pertinente no nosso quotidiano, muito são os educadores que em jeito de graça dizem "deviam nascer com um manual de instruções". Na realidade, cada criança tem as suas próprias caraterísticas e pode apresentar dificuldades em contextos diferentes.
Neste sentido, é muito importante que os educadores estejam atentos aos sinais que a criança vai transmitindo e que, regra geral são manifestados no seu comportamento. No entanto, também não se podem esquecer que existe um tempo para ser criança, outra para ser adolescente e, outra então, para ser adulto. Em cada uma destas etapas naturalmente que as perspetivas são diferentes, até porque não só se cresce fisicamente, mas também psiquicamente, sendo que a maturidade emocional deriva de uma aprendizagem contínua e transversal. É neste contexto que os educadores têm um papel crucial, são sem dúvida a maior referência para as crianças e por conseguinte uma grande fonte de aprendizagem.
Em síntese, é necessário evitar que as dificuldades dos educadores venham a ser as das crianças, nunca é tarde para alterar perspetivas e comportamentos!
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Falando de desequilíbrio emocional...
Regra geral, todo o ser humano alguma vez experienciou o desequilíbrio emocional e os resultados que daí advém, sentimentos de arrependimento, angústia, frustração, entre outros. O problema é que, por vezes, não é necessário muito tempo de intervalo para voltar a acontecer. Então o que é preciso saber, para evitar esse tipo de atitude?
Antes de mais, é necessário desenvolver um conhecimento dos estados internos que podem ser responsáveis por esse descontrole emocional. É importante perceber que existem recursos para utilizar nessas situações, o que pode falhar é o controle desses mesmos recursos, quer sejam, estímulos, ou informação. Neste contexto, é essencial colocar a atenção onde e quanto tempo for necessário, para que o descontrole seja evitado.
Em síntese, a expressão das emoções sob controle e na base do raciocínio será uma vantagem para que desenvolva o equilíbrio emocional e com isso resultados bem mais positivos.